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(Chico Xavier).

segunda-feira, 8 de março de 2010

Consequências globais e locais do aquecimento global

Uma conseqüência do aceleramento do efeito estufa é o adiantamento da primavera, ao menos em países temperados, onde dados coletados ao longo de muitos anos confirmam essa impressão.

Os dados indicam que as plantas florescem em média 4,5 dias antes do dia em que as flores surgiam no período de 1954 e 1990.

O fato observado constitui-se em um grande problema, a princípio, porque a floração é um evento de suma importância para as plantas, que delas dependem para se reproduzir, gerando frutos. Quando são polinizadas por animais como borboletas, alterações no período de floração podem reduzir as chances de encontro entre polinizadores e as flores. Além disso, tende a haver uma dessincronização entre os ciclos das plantas e dos animais que delas extraem recursos como pólen, néctar e sementes. Assim, os efeitos sobre os ecossistemas como um todo podem ser desastrosos.

As plantas não são os únicos a indicar que mudanças climáticas estão, de fato, provocando efeitos biológicos. Corais, estrela-do-mar, insetos, anfíbios, répteis, aves migratórias e mamíferos tiveram seus desenvolvimento ou comportamentos alterados. Além dos seres vivos, o aumento da freqüência e da violência de furacões e tempestades, a descaracterização das estações dos ano e a desaparição da neve em montes com Kilimanjoro, no Quênia, bem como o derretimento de calotas nos pólos, são sinais da alteração do clima.

Em todo o nosso planeta ocorre fenômenos naturais, como terremotos, tsunamis, vulcões, enchentes, furacões, secas, muitos destes causados pelo efeito estufa. Até mesmo em nosso País, tido como imunes a esses fenômenos, temos presenciado alguns ou vivenciados algumas conseqüências. Exemplos são as ocorrências recentes de ciclones extratropicais, enchentes e a seca atípica no Amazonas.

No Brasil os principais vilões do aquecimento são o desmatamento e as queimadas. Antes da chegada dos Português no Brasil, em 1500, a Mata Atlântica, uma rica e exuberante vegetação, recobria o litoral Brasileiro em seus quase 9 mil quilômetros de extensão. Nela existiam milhares de espécies diferentes de seres vivos, entre plantas, animais e microorganismos. Hoje, reta pouco da Mata Atlântica, menos de um décimo do que havia 500 anos. O que sobrou foram pequenas áreas isolados com uma vegetação muito diferente da original que vai se tornando cada vez mais difícil de ser encontrada.

Atualmente, pode-se dizer que a Mata Atlântica é um enorme ecossistema, que abriga ambientes tão diferentes como a mata de encostas, as restingas, as dunas, os manguezais, as florestas secas, os campos de altitudes e os pântanos. A mata de encosta é a parte mais antiga da Mata Atlântica e pode ser vista na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, e em várias regiões brasileiras. Foi nela que apareceu a maior parte das espécies de plantas desse ecossistema e, a partir daí, muitas delas se espalham para outras áreas em volta, chamadas pelos cientistas de sistemas periféricos.

Além da Mata Atlântica, outras áreas também necessitam de atenção. A vegetação da restinga, que recobre a faixa de areia perto do mar, por exemplo, também se encontra ameaçada, por conta das construções de casas, prédios e enormes condomínios na orla marítima.

Você deve ter percebido como é importante preservar as matas, já que elas abrigam animais e vegetais e retém umidade e água da chuva, protege o solo das encostas contra a erosão, evitando deslizamentos. As folhas das árvores amaciam os impactos dos pingos no solo, assim a água é absorvida pela terra, esta água enche lençóis freáticos- verdadeiros lagos subterrâneos- de onde a água muitas vezes é bombeada para a superfície abastecendo as cidades, e ainda as matas ajuda a manter a temperatura mais amena.

Devido a todas essas conseqüências precisamos mudar alguns de nossos hábitos e pressionar os governantes para que tomem atitudes mais objetivas para diminuir o lançamento de gases que provocam o aceleramento do efeito estufa.

Algumas medidas já estão sendo tomados como o seqüestro de carbono que surgiu na conferência de Kyoto com o objetivo de conter e reverter o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Para tanto o protocolo aceitou o conceito de comercialização de créditos de seqüestro ou redução de gases. Também conhecida como fixação de carbono, ou carbono zero, essa atividade, que se resume na captura do carbono por meio da fotossíntese, designa projetos de compensação de carbono, com esse projeto podemos minimizar e neutralizar o nosso impacto graças à plantação de novas árvores, à manutenção de reservas já existentes e a criação de políticas sustentáveis de desenvolvimento.


Referências bibliográficas:

- Ciência e Cultura, Temas e Tendências; ano 58, 1 de Janeiro/Fevereiro/Março de 2006; Efeito estufa adianta a primavera por Fávia Natércia; pág 14.

- Ciências Hoje das Crianças, Mudanças globais; ano 18; n° 164, 2ºed, Dezembro 2005.

- Ciências Hoje das Crianças, Mata Atlântica, descobrindo da serra ao mar; ano 12; n° 92, 2ºed. Junho, 1999

- Nova Escola; Para abraçar o Planeta; ano XXIII, N° 210; Ed. Abril, Março 2008

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